AUCKLAND
Paisagem diferente. Gente diferente. Cabeça diferente.
Do outro lado do mundo - e não tão distante quanto parece -, a Nova
Zelândia, com seus programas radicais, é uma bela viagem e uma grande
injeção de adrenalina
A Nova Zelândia é, indubitavelmente, um mundo à
parte. Se você pegar um globo e girá-lo no sentido horário vai
perceber, rapidamente, que ela é o último país do mundo. E por que não
o primeiro, se a Terra é uma esfera? Porque mesmo nesses casos é preciso
se convencionar onde as coisas começam e acabam. E a Nova Zelândia é o
último grande país antes da linha imaginária que divide o tempo e passa
pelo meio do Oceano Pacífico. Ou seja: se você pegar um jato em Auckland
e dirigir-se para leste, em menos de uma hora você terá voltado um dia
no tempo.
Nem queime as pestanas pensando no assunto para não
enlouquecer; apenas acredite: é assim. O primeiro homem branco que o
fez foi o capitão holandês Abel Tasman - de quem derivou o nome
Tasmânia. Ele chegou a essas ilhas por acaso em 1642, batizou-as de Nova
Zelândia em homenagem a uma minúscula região da Holanda e nunca mais
voltou. Só 127 anos depois a Nova Zelândia foi reencontrada, pelo
capitão inglês James Cook, que rapidamente a reclamou para a coroa
britânica.
O nome foi mantido, mas os neozelandeses de hoje -
quase todos descendentes dos colonizadores britânicos - prefeririam que o
país se chamasse Aotearoa, como foi batizado há quase mil anos pelos
verdadeiros descobridores da terra: o povo maori. No idioma dessa
população, Aotearoa significa O País da Grande Nuvem Branca. Supõe-se
que ele estava coberto por nuvens ou pela fumaça de seus muitos vulcões
quando essa gente de características polinésias chegou, sabe-se lá de
onde, em estreitas canoas de madeira.
Como se percebe, já havia, entre os maoris, gente com
as virtudes de A.J. Hackett. O país nasceu radical. Mas os maoris não
tinham alfabeto, portanto coube aos brancos relatar o que existia nessa
remota porção de terra. Coube a eles descobrir que, na verdade, a Nova
Zelândia era composta por três ilhas, que tinha uma área do tamanho das
ilhas britânicas e uma vegetação estranha, ora tropical, ora temperada,
ora diferente de tudo que se conhecia (muitos anos mais tarde, os
biólogos diriam que a vegetação da Nova Zelândia é, provavelmente, a
que mais se assemelha com a que existiu na Terra na Pré-História e por
isso um certo Steven Spielberg decidiu usá-la como cenário da
continuação de Jurassic Park). Coube a esses colonizadores europeus,
também, constatar uma estarrecedora anomalia: apesar das viçosas
florestas, da abundância de água e alimentos, praticamente não havia
animais em Aotearoa. Nenhum mamífero, nenhuma cobra, nenhum animal
carnívoro ou peçonhento. Apenas algumas aves, em geral gordas e
incapazes de voar (sem predadores, a evolução lhes tirou as asas).
Inclusive uma de aparência cômica, com um bico desproporcionalmente
comprido e penas ásperas, que os maoris chamam de kiwi, e um único
lagarto, batizado tuatara, que depois se descobriu ser o mais antigo dos
répteis ou o último dos dinossauros.
Só muito depois - como se verá - o povo compreendeu
que as tais anomalias eram sintomas de que aquele era um lugar diferente,
de delicado equilíbrio, onde era preciso aprender a viver de outra forma.
Os brancos que ocuparam a Nova Zelândia vieram,
principalmente, da Austrália e - também por isso - as pessoas que vivem
do outro lado do mundo (nós, por exemplo) costumam imaginar que os dois
lugares são parecidos. Ledo engano. Austrália e Nova Zelândia são
diferentes como água e vinho. A Austrália é um país predominantemente
árido e quente. A Nova Zelândia é temperada e úmida. Aqui não há
desertos. As latitudes coincidem com as da Argentina, de Buenos Aires para
o sul. Embora estreitas - em nenhum lugar desse país pode-se estar a mais
de 100 quilômetros do mar - as ilhas são compridas. Do extremo norte ao
extremo sul, a distância é equivalente à que separa Recife de São
Paulo.
E o que é mais curioso: tudo isso faz de nós,
sul-americanos, uma espécie de vizinhos da Nova Zelândia. O vôo polar
da Aerolineas Argentinas provou que, passando pelo eixo sul da Terra,
estamos quase tão próximos da Nova Zelândia quanto da Europa, embora a
maioria dos viajantes que sonham com Paris descarta Auckland como se essa
cidade - a maior do país - ficasse na Lua.
Bobagem! A Nova Zelândia é uma viagem possível e
única. Um país peculiar pela diversidade, que tem praias caribenhas
perto de montanhas nevadas; que tem samambaias tropicais a poucos metros
de glaciares gigantes, que é quente o suficiente para produzir frutas
cítricas e fria o bastante para abrigar ninhos de pingüins.
E ainda mais: o último dos países só tem 3 milhões
e 600 mil habitantes, mas é tão estruturado para receber visitantes
quanto os mais famosos destinos. Hotéis para todos os bolsos, comida
européia com a opção de um tempero polinésio, ótimas estradas - com
mão inglesa -, vasta malha ferroviária e linhas aéreas de Primeiro
Mundo.
Qualquer roteiro que você for fazer nesse país
começa necessariamente em Auckland, por onde chegam, sempre de muito
longe, os vôos internacionais. Auckland não é a capital da Nova
Zelândia (a sede do governo é Wellington), mas é a maior região
metropolitana do país, com 950 mil habitantes (menos, por exemplo, que
Campinas, no interior de São Paulo).
A cidade é simpática, ajardinada e decorada por dois
pequenos vulcões extintos (One Tree Hill e Mount Eden). Tem uma rua
agitada - a Ponsoboy Road - com galerias modernas e dezenas de pubs onde
os locais reabastecem seus reservatórios de cerveja com notável
volúpia. E seu bairro mais elegante (uma área restaurada onde fica o
comércio chique ) é Parnell, próximo à baía de Hobson. Nessa baía,
aliás, chama a atenção a concentração de veleiros de todas as
espécies e tamanhos, confirmando a visceral ligação do neozelandês com
o mar. Outra atração de Auckland - que vai ser escala obrigatória na
ida ou na volta - é o Auckland Museum, que tem um notável acervo de arte
polinésia e guarda os vestígios mais importantes da cultura maori.
Mas quem vai até a Nova Zelândia só para explorar
centros urbanos?
Descarregue a bagagem, ajuste-se (se puder) ao fuso
horário e, como os maoris, interne-se no país. Em dez minutos de estrada
rumo ao sul - é uma boa idéia começar pelo Parque Nacional Tongariro, a
terra dos vulcões - você já terá compreendido que o verdadeiro
neozelandês não é maori nem pakeha (branco). O legítimo ocupante
dessas ilhas distantes usa um espesso casaco de lã crua, anda em bandos
e... bale. Para qualquer lado que se olhar, a paisagem ondulada e
vicejantemente verde estará tomada pelas ovelhas. São pelo menos 60
milhões de ovinos devorando as pastagens, o que dá a inacreditável
média de dezesseis para cada habitante. Minutos depois, já acostumado ao
bucólico balido dos cordeiros, você começará a invejá-los pelo
panorama que desfrutam.
A deliciosa paz dos campos neozelandeses é, porém, a
ante-sala das turbulências geológicas que se aproximam. Os maoris dizem
que essas terras têm alma de fogo. A observação é singela e precisa.
Parte exposta de uma cordilheira vulcânica sob as águas do Pacífico, a
Nova Zelândia fervilha por dentro. Há dezenas de vulcões ativos na ilha
do norte, quatro deles concentrados no Parque Nacional Tongariro. O mais
vistoso e explosivo do grupo é o Ruapehu, com 2 800 metros de altitude,
neves eternas na borda da cratera fumegante e várias estações de esqui
em suas encostas. Cidades como Turangi ou Ohakune são ideais para
hospedar-se confortavelmente, pedir um quarto com vista para o Ruapehu e
uma porção de pipocas para assistir à próxima erupção.
Que pode tardar (a última aconteceu em 1995) mas não
falha - e quando ocorre é uma magnífica e aterradora demonstração de
energia. A dica das pipocas pode não ser excitante, mas é a mais
sensata. Porque, se você entrar no pique dos intrépidos neozelandeses,
em meia hora estará num teco-teco dando rasantes sobre a cratera em
brasa.
É fundamental, aliás, entender que há dois tipos de
turismo na Nova Zelândia. O contemplativo, que é o que se faz em quase
todo o mundo, e o participativo, com direito a adrenalina kiwi. Muita
gente vem para cá por causa dessa última modalidade.Você pode viver
tantas aventuras em quinze dias nessa parte da Oceania que o resto de sua
vida vai parecer um tédio incorrigível. Mesmo se essa for sua praia,
conserve um pé ligeiramente atrás , porque os neozelandeses radicalizam.
É perfeitamente possível, por exemplo, que o convidem - sem aviso
prévio - a vestir uma esfolada roupa de neoprene para investigar as
entranhas das cavernas de Waitomo. Três horas depois os sobreviventes
terão percebido que, sem nenhum preparo especial, acabaram de descer em
rapel (atados a cordas) por abismos escuros como o breu, sob a força da
água de cascatas. Constatarão, também, que quase perderam a lucidez
rastejando um tempo interminável por grotões estreitos, como se fossem
assustados ratões-do-banhado.
Assim é o caving, uma das muitas injeções de
adrenalina que você pode tomar a qualquer momento se topar fazer turismo
à moda da casa. O jet boating também é radical, mas menos letal. No Rio
Wanganui, num parque nacional vizinho, pratica-se esse tipo de
navegação, que consiste numa lancha propulsionada por jatos de ar (a
inspiração que fez nascer os jet skis) que desliza sobre as corredeiras
do rio com velocidade proporcional a que sente o piloto de uma Penske no
oval de Michigan. Se você tiver concentração suficiente, vai admirar
uma floresta de densidade amazônica nos 90 quilômetros de percurso. E se
os batimentos cardíacos estiverem se regularizando, basta pedir ao piloto
kiwi que dê um cavalo-de-pau: eles adoram esse tipo de desafio.
Assim, de susto em susto - ou não, você decide - a
viagem vai se tornando um encontro com a alma de fogo da Nova Zelândia.
Que chega a ser literal na região de Rotorua, sua próxima parada. Ali,
pouco ao norte do Lago Taupo, o maior do país e um dos mais piscosos do
mundo (as trutas são tão grandes que cabem numa mentira de pescador),
você começa a ver vapores emanando da terra. De início, parecem
pequenas fogueiras, mas vão surgindo, mais e mais. E de repente são
tantas vazando de toda parte, que parece haver um parque industrial
soterrado com milhares de chaminés. A área é de intensa atividade
geotermal. Cheira a enxofre. As ovelhas pastam distraídas e os carros
transitam pelas estradas como se fosse normal viver rodeado de gases
sulfurosos. Em certos lugares formam-se lagos de águas ferventes e cores
estranhas e minas borbulhantes que, quando a pressão aumenta, explodem em
gêiseres. Há parques geotérmicos, como Wai-O-Tapu, onde se pode visitar
essas bizarras formações.
Rotorua é uma cidade turística -grande para os
padrões neozelandeses - erguida justamente sobre esse subsolo
efervescente. Nos jardins das casas de veraneio, algumas donas de casa
cozinham o frango em pequenas poças naturais. Os turistas podem optar
pela comida maori, porque aqui há endereços onde, por módica quantia,
se aprende um pouco das danças, cantos e costumes desse povo, se comem
carnes e legumes enterrados em brasa e se compra o artesanato à base de
madeira entalhada.
Você prefere a alternativa kiwi? Então entre num 4
por 4 e chacoalhe pelas paredes do Monte Tarawera rumo à cratera do
extinto vulcão, que no século passado ainda provocava grandes estragos.
Depois deslize pelos pedriscos enegrecidos rumo ao centro da cratera. A
sensação é mágica.
Se tudo isso - ou muito mais - lhe suceder na Ilha do
Norte, ainda assim poupe o fôlego. A Ilha do Sul, separada pelo Estreito
de Cook, é maior, muito menos povoada e muito, muito mais radical.
Christchurch, principal cidade da região, com 330 mil almas, ainda engana
com sua aparência pacata de cidade do interior da Inglaterra.
Cidade ajardinada construída às margens do Rio Avon,
Christchurch oferece alguns prazeres menos radicais - mas nem por isso
menos atraentes - como um cassino moderno com 350 caça-níqueis e todos
os jogos que você encontra em Las Vegas e um variado centro de compras,
concentrado na Colombo Street e suas transversais. A maioria das lojas
pertence a chineses e predominam os artigos orientais. Mas também há
lojas de griffe com preços melhores do que os praticados no Brasil.
Terminada a escala, prepare-se para uma jornada rigorosamente esplêndida
e surpreendente. Começando pelo litoral, banhado por águas mais frias,
há baleias na costa do Pacífico (região de Kaikoura) e pingüins no Mar
da Tasmânia. O território é cortado, no sentido norte-sul, por uma
cordilheira de picos nevados apropriadamente batizada de Alpes do Sul,
onde fica o Monte Cook, o mais alto do país, com 3 754 metros. Só que,
ao contrário dos europeus, os Alpes daqui são quase despovoados. Há
pouca gente e muitos keas, os únicos papagaios alpinos do planeta. A
impressão é a de que eles existem para confirmar que aqui é o lugar
onde o impossível é provável e o provável é quase garantido.
Na costa oeste da Ilha do Sul, uma área com mais de
mil quilômetros de comprimento e apenas 35 mil habitantes, de frente para
o Mar da Tasmânia, a Nova Zelândia ainda é - mais que em qualquer outra
parte - a ilha remota que o mundo viu no filme O Piano. Nessa parte vivem
os autênticos kiwi bush men, tidos como os mais radicais entre os
radicais, os mais remotos entre os remotos. Você os encontra em cabanas
isoladas, com livros de Barry Crump na prateleira e estranhos instrumentos
de caça pelos cantos. Crump é uma espécie de ícone neozelandês,
sujeito áspero, indômito, autor de livros populares com histórias de
luta, trabalho e caça. Mas que caça? - você perguntará - se aqui mesmo
já se disse que a Nova Zelândia quase não tem animais. Pois essa é
outra fascinante contradição dessa terra no fim do mundo. O frágil
equilíbrio ecológico das ilhas vem sendo um desafio mais perigoso do que
seria a presença de feras e serpentes. Os veados, por exemplo. Os
ingleses introduziram alguns casais e, de repente, na falta de predadores,
a Nova Zelândia ficou infestada deles. O governo teve de promover
campanhas de extermínio. Os inventivos e primitivos kiwis lançaram-se à
caça, com bizarras espingardas de três canos. A bordo de helicópteros -
e sem algum prurido politicamente correto - conseguiram dizimar os
cervídeos, nos anos 60 e 70. Mas a guerra contra os agressores, que os
próprios brancos trouxeram, continua. Um casal de possum - pequeno
marsupial que se parece com os lêmures de Madagascar -, trazido sabe-se
lá por quem, tornou-se uma comunidade de 90 milhões de bichos que
devoram 21 toneladas de florestas nativas por dia. Eles adoram
especialmente as folhas de pohutukawa, uma rara árvore local que os
neozelandeses adotaram como símbolo de Natal. Hoje esse é um dos maiores
problemas do país, porque a caça liberada tem feitos menos vítimas do
que a capacidade de reprodução da espécie. Tão deletérios como os
possum são as incontroláveis concentrações de tojo. Arbusto espinhudo,
trazido da Escócia para servir como cerca natural para as ovelhas, o tojo
encontrou no rico solo neozelandês os nutrientes que o transformaram em
praga incontrolável.
Quando você estiver na tranqüila estrada que avança
pela costa oeste da Ilha do Sul rumo aos glaciares Fox e Franz Joseph, vai
ver inofensivos bosques cheios de flores amarelas. São os impenetráveis
tojais avançando sobre a floresta de graça tropical, devorando o espaço
de plantas nativas - entre as quais oitenta tipos de samambaias (uma
delas, a silver fern, é o símbolo do país).
Mas essas são questões que os turistas podem ignorar.
Poupe seu gás para o esforço de caminhar pelos glaciares ou - se você
for do grupo contemplativo - pelo menos para a sensação de dar de frente
com duas impressionantes línguas de gelo que descem das encostas das
cordilheiras até a planície costeira. Os glaciares Fox e Franz Joseph
são os únicos do mundo que abrem espaço entre florestas de
características tropicais - e essa intersecção entre o gelo
remanescente de priscas eras e o verde espesso das matas neozelandesas é
outro dos diferenciais marcantes desse país.
E, quanto mais ao sul você for, mais encantadoras vão
ficando as paisagens, que ganham um ar definitivamente temperado na
região dos lagos Wanaka e Hawea. Sua parada obrigatória na porção
meridional da Ilha do Sul é a deliciosa cidade de Queenstown, uma mistura
de estação de esqui alpina com adrenalina kiwi. Daqui partem os barcos
que viajam pelos fiordes (sim, há até esse componente nórdico na
paisagem do país) na região chamada Fiordland. Aqui, também, se reúnem
andarilhos do mundo inteiro para os encantos da Milford Track, tida como a
mais bela trilha do planeta
Aqui, por fim, há tudo o que se pode esperar em termos
de esportes radicais, de acrobacias aéreas a jet boating e,
principalmente, os templos do bunggy-jumping: a Skipper Bridge, com
inacreditáveis 102 metros de altura, e a histórica Kawarau Suspension
Bridge, operada pelo próprio A. J. Hackett.
Vá até esta última, deixe que amarrem seus pés e
ouça a contagem até três. Se você desistir, não se sinta culpado.
Você é apenas um turista normal - e pessoas normais não andam por aí
pulando no vazio. Mas, se você saltar, não pense que enlouqueceu. É
apenas o seu organismo pedindo mais adrenalina. Você ficou viciado como
os neozelandeses.
O verão neozelandês coincide com o nosso, mas as
temperaturas são mais amenas. Em Auckland, as máximas em janeiro não
ultrapassam os 25 graus. Em Queenstown, na Ilha do Sul, 22 graus é o
pico, e, à noite, pode baixar para 10 graus. Nesta época, chove menos na
Ilha do Norte que na do Sul.
O ideal é que você fique pelo menos duas semanas na
Nova Zelândia, para aproveitar bem o seu tempo. Na Ilha do Norte, um dia
inteiro em Auckland será o suficiente para você conhecer a cidade.
Guarde mais dois para o Parque Nacional Tongariro, onde ficam os vulcões,
e para um passeio de jetboating pelo Rio Wanghanui, que
não fica longe. Outros dois dias serão suficientes para você conhecer o
Lago Taupo, visitar os gêiseres e outros fenômernos geotermais da
região de Rotorua, assistir a uma apresentação maori (não deixe de
comprar algum artesanato) e conhecer a cratera extinta do Vulcão
Tarawera.
Depois parta para a exploração da Ilha do Sul. Um dia
inteiro em Christchurch e um dia inteiro para ir até Kaikoura e ver as
evoluções das baleias no Pacífico Sul. Depois, de volta a Christchurch,
parta para o lado oeste da ilha, atravessando os Alpes do Sul. A viagem
até os glaciares vai consumir toda a jornada, com paisagens
espetaculares. No dia seguinte, explore as geleiras e pernoite na região.
O quinto dia na Ilha do Sul vai ser uma longa viagem (cerca de 500
quilômetros) até Queenstown. Madrugue porque você vai parar para tirar
fotografias a cada meia hora, especialmente na região dos lagos Hawea e
Wanaka. Dispenda mais dois dias em Queenstown explorando as vistas
magníficas das montanhas ao redor (há teleféricos para alcançá-las),
conhecendo o Rio Kawarau (onde se pratica bunggy-jumping) e terminando com
um passeio de barco pelos fiordes.